sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O coronelismo e suas caras

Na década de 90, se inicia o processo de representação política através do voto no Distrito Federal. Brazlândia elege um empresário e dono de supermercados chamado Edimar Pirineus que comandou e manipulou por quinze anos a política em nossa cidade, não se preocupando em desenvolver nenhum tipo de política pública em meio ambiente, cultura, transporte, saúde, esporte e lazer.

Na derrocada de Edimar Pirineus, surge à candidatura de Nego Pirenópolis, sobrenome este advindo de uma rede de supermercados que distribuía bolachas e iogurtes vencidos tentando angariar votos no assentamento, porém, sua estratégia populista não colou perdendo as eleições para deputado distrital. Já Edimar Pirineus, preocupado, faz um acordo com Nego Pirenópolis na tentativa de manter e fortalecer seu coronelismo político, no entanto, não se candidata iniciando um monopólio no comércio de alimentos, se tornando milionário. Na campanha eleitoral de 2006, Nego Pirenópolis ajuda a bancar a eleição de Arruda para o GDF na pretensão de assumir o poder político na cidade, iniciando o processo de um pioramento genético político: “PIRINEUS PARA PIRENÓPOLIS”.

No contexto desta catástrofe política a comunidade de Brazlândia assume o contraponto em relação à realidade política atual, iniciando assim, várias manifestações de rejeição ao papel político desenvolvido pelo administrador da cidade.

Hoje em dia, como estamos?

Ø Um dos maiores índices de violência do Distrito Federal;
Ø Educação Menosprezada;
Ø Saúde Sucateada;
Ø Transporte Público Arcaico e Desumano;
Ø Cultura: “SÓ MARACUTAIA”;
Ø Meio Ambiente pede socorro;
Ø Infra-estrutura precária;
Ø Incentivo ZERO ao esporte e lazer.

Com isso, chamamos toda comunidade de Brazlândia para lutar e reivindicar nossos direito básicos exercendo nossa plena cidadania.

BRAZLÂNDIA JÁ NÃO AGUENTA MAIS.
FORA NEGO GRILEIRO!

Movimento em Defesa de Brazlândia

Reunião da Pastoral da Juventude

A Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Brasília convida a todos e todas para sua reunião mensal ordinária:

Neste domingo, dia 25 de janeiro, as 9:00 na sede da Associação Nacional dos Prebíteros do Brasil - ANPB-, que fica no Setor Comercial Sul Bloco 1, ed Márcia, slaa 203

Reunião da Assembléia Popular do DF

Na próxima terça feira, dia 27 de janeiro, ocorrerá mais uma reunião da Assembleia Popular DF.

Horário: 19:00
Local: Setor Comercial Sul Quadra 1, ed Márcia, sala 1210

Reunião da Assembléia Popular da Ceilândia

No Sábado, dia 31 de janeiro, ocorrerá a reunião da Assembléia Popular de Ceilândia, que ocorrerá na QNP 17. todas e todos estão convidadas(os).

Contatos: Ricardo - 8148-2245 e Beto - 9287-2919

8 sugestões de eventos para o Fórum Social Mundial

1- Grande Marcha de abertura do Fórum Social Mundial
Dia 28 de janeiro - Concentração: Escadinha do Cais do Porto (início da Pte. Vargas)
2-João Carlos Batista - mártir da reforma agrária
28/1 – 18h – Teatro Estação Gasômetro. Lançamento da segunda edição de João Batista, mártir da luta pela reforma agrária, com palestras de vários convidados, debates e uma apresentação cultural. Evento apoiado pelo Movimento de Olho na Justiça e Argonautas Ambientalistas da Amazônia.
29/1 – 14h – Tenda Irmã Doroty (CNBB). Palestra sobre a vida de João Carlos Batista e a necessidade do resgate de referenciais para a luta popular.
30/1 – 15h – Movimento de Olho na Justiça. Participação da Mesa de Debates: Importância do resgate das lutas e mártires populares.
3- Fórum Mundial de Mídia Livre – 26 e 27 de janeiro de 2009
Local: NPI – Escola de Aplicação da UFPA - Av. Tancredo Neves,nº 1000 – Bairro Montese – Belém, PA.
Mapa do local no site do NPI
Email: forumdemidialivre@ gmail.com
Telefone: (91) 8130 2097 (produção)
Gustavo Barreto: (91) 9250 9594
Leandro Uchoas: (91) 8130 2097
4- Seminário "Auditoria da Dívida na América Latina e a CPI da Dívida no Brasil"
Dia 30/01/2009 – 15:30h às 18:30h
Local: TENDA MULTIUSO IV - UFRA
Fernando Lugo – Presidente da República do Paraguai (a confirmar)
Eric Toussaint - Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo / Bélgica e Membro da Comissão Oficial da Auditoria da Dívida do Equador
Ivan Valente - Deputado Federal - PSOL/SP – Autor da Proposta de criação da CPI da Dívida
Maria Lucia Fattorelli - Auditoria Cidadã da Dívida / Brasil e Membro da Comissão Oficial da Auditoria da Dívida do Equador
Babá – Ex Deputado Federal / Executiva Nacional do PSOL / Unidos pra Lutar (Conlutas)
Aurora Donoso – Acción Ecologica / Membro da Comissão Oficial da Auditoria da Dívida do Equador
Coordenação de Mesa: Rosa Emilia - Latindadd / CIASE - Colombia
5- Deuda ecológica y bienes comunes: por la recuperación por los pueblos del control sobre recursos naturales
28 de janeiro / Tarde / Lugar : UFRA / Prédio Central -bloco B / Sala de aula F

6- Debate: A crise econômica mundial e os desafios para a esquerda.
28 de janeiro de 2009 (quarta-feira) – 08h às 11h30
Local: Tenda Multiuso (Pequena) - UFRA
Heloisa Helena – presidente do PSOL
Reinaldo Gonçalves
François Ollivier - dirigente do Novo Partido Anticapitalista da França
François Houttard - Diretor do Centra Tricontinental de Louvain , na Bélgica
Gilmar Mauro - MST
7- Amazônia, mudanças climáticas e crise global: um debate na perspectiva do ecossocialismo.
31 de janeiro de 2009 (sábado) – 15h às 18h30
Local: Tenda Panamazônica - UFRA
Michael Lowy – cientista social
João Alfredo – vereador de Fortaleza
Osmarino Amancio – líder dos seringueiros
Vittorio Agnoletto – Deputado do Parlamento Europeu, integra o Grupo Unido de Esquerda. É especialista na discussão sobre laboratórios farmacêuticos, bio-pirataria, comercialização de doenças. Pode participar da mesa sobre Crise e Amazonia.
Edmilson Rodrigues – ex-prefeito de Belém
8- Conferência: “5 heróis cubanos prisioneiros nos cárceres do Império”
Dia 28/01 as 15hs
João Capiberibe – PSB Amapá

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009


O mercado , o Cassino e a Bolsa da Bruxa


O lançamento do Setor Faroe$ste-A demonstração de um Estado militarizado.

por Rafa Kaaos

Hoje champagne, caviar e um cardápio de quitutes de enorme charme ehipocrisia marcaram o lançamento no Distrito Federal do intitulado SetorNoroeste, obra bilionária do Governo local. O atual governador Arrruda evice-governador Paulo Octávio (ambos DEM), figuras políticas de trânsitofácil entre os mais gabaritados ou pelo menos renomados caciques políticosnacionais, exaltaram ufanisticamente o pretenso primeiro bairro ecológicodo país.

Brasília, celeiro exemplar das maiores atrocidades contra a humanidade,vitrine da morte de trabalhadores da Pacheco Fernandes, do assassinatobrutal do indígena Galdino Pataxó, fantasmas que se repetem continuamentena história sangrenta da ocupação e expansão urbana, da virulentaespeculação imobiliária que transformou essa terra num enorme Gulag damodernidade. Milhares de pessoas foram arremessadas de lugares inauditos, para as benesses da construção de áreas nobres da capital federal, onde anobreza e a realeza de seus condomínios de luxo, da altura de suasvarandas podem gritar estufando suas panças Brasília Übber Alles! oslogan do El Duce, Benito Mussolini “Nada fora do Estado, acima do Estado,contra o Estado” soa e reverbera sorrateiramente, ardilosamente nas falasfalso cordiais, civilizadas e asquerosamente verdes do Setor Noroeste, comas mãos sujas de sangue e cívicas evoquemos a nossa moderna democracia.Outrora Maria Antonieta se questionava sobre a situação de algunsmiseráveis franceses, dizia “se não há pão por que não comem brioches”.

Figura histórica expoente da alienação de uma casta de pessoas que vivemnuma estranha realidade, indiferentes, arrogantes, tal prepotênciacarnificada nas feições não somente de dominadores mas paradoxalmente empessoas dominadas. Senti perplexidade num certo momento ao observar faixasde moradores da Estrutural, espaço do maior Lixão da capital, apoiando aconstrução do conjunto residencial Noroeste. Para quem não sabe, esselocal não diferente de outros lugares de Brasília tem um complexohistórico de luta por moradia, algumas obras de infra-estrutura foramfeitas recentemente com empréstimos do BID, menos por concessão do governomas por critérios que favorecem a especulação imobiliária. Além disso, aEstrutural está localizada perto do Plano Piloto, isso representa árearentável para investimentos de empresas. Algumas obras já foram iniciadascomo a derrubada de várias casas, famílias foram deixados em condição demiséria em barracões, lotes foram prometidos, escolas criadas, o Lixão vaiser destruído mas não em respeito à dignidade humana tão carecida, oresultado do uso e descarte de nossa sociedade voraz de consumo, aindasuga dinheiro da miséria e degradação do ser humano, em tal localidaderepleto de urubus, doenças e crianças trabalhando por alguma renda, Deusmorreu! o lixo e luxo de nossa civilização tão perto, se não há pão comoafirmava Maria Antonieta ainda há circo.

Arruda se prolifera como erva daninha pela capital federal, acidade-empresa é um lucrativo cassino para a bolsa de valores,uma bruxasolta pelos quatro cantos do mundo, cuja faceta a do mercado imobiliário,incorporadas em pessoas da alta nobreza ávidas por apartamentos no metroquadrado mais caro do país enfrentamos esse dia.Ressucitando inúmerasvezes JK para se perfilar, Arruda como estadista medíocre mas esperto emse armar empresarialmente utiliza todos os artifícios da propaganda emarketing, a imagem fala mais do que as pessoas. Somos hipnotizados pelobombardeamento, uma blitzkrieg rápida de ataque mental, que quase nosconvence a apoia-lo no momento de lapsos de senso crítico. Ele entãobravateava algo como, “quem não nos apóia agora ainda vai nos apoiar!”Senti cheiro de enxofre nas suas primeiras baforadas, uma multidãoexcitada passou então a tietá-lo, forças policiais se puseram ao nossoredor, ouvia-se “Noroeste sim”! Animado pela ovação pública, incitava apopulação contra os/as manifestantes, população que respondia aos gritos odiscurso do El Duce Arruda, fazendo ameaças a nós, com olhares feios efechados tentaram nos intimidar. Lembrei do personagem do Dr. Stockman, do“Inimigo do Povo” de Henrik Ibsen que ao tentar alertar aos concidadãos desua cidade numa assembléia pública sobre os perigos do projeto do governolocal em utilizar as águas poluídas do balneário como ponto turístico, foivaiado, sua casa depradada, sua família foi expulsa pelas pessoas que eleousou defender. Esse fato presenciado e que relato hoje pela minha óticasingular, multiplica-se exponencialmente no curso da história, e remete auma nítida atmosfera de medo e alienação característicos de regimes totalitários.

Foram vários tempos históricos transcorridos em algumas horas, váriosdispositivos de dominação acionados e engatilhados para pulverizarqualquer manifestação pública contrária aos monólogos governamentais.Escutamos gritos de “Comunistas”, “vão pra Cuba”, parece que o Macarthismofoi reeditado no Planalto Central,a patrulha pró Noroeste desfilava de forma imponente e aplaudia a cruzada sagrada contra os/as indígenas.Voltamos então aos anos de 1500 a chegada e invasão de Pedro ÁlvaresCabral, esses mecanismos que parecem tão joviais e sofisticados, “oprimeiro bairro ecológico do país”, foram às caravelas de outrora, foiHernan Cortes e Francisco Pizarro, foi à marcha para o Oeste norteamericano, a prata explorada de Potosí,o ouro roubado de Ouro Preto, ocontinente africano explorado, o tráfico negreiro, o estupro da Mãe Terra,terra a vista ou a longo prazo, agora batizado de Setor Noroeste.

Conversa com refugiados palestinos e grande manifestação domingo!


Amanhã haverá um evento político cultural no Café com Letras, destinado a abrir uma pauta de debates sobre a questão dos povos em movimento. Nesse primeiro evento, a abordagem é sobre os palestinos refugiados no Brasil, com exposição de documentário e diálogos com quatro palestinos nascidos em Gaza na década de 40 e que vivem como refugiados há 14 meses no Brasil. No domingo (18 de janeiro) haverá uma grande manifestação em solidariedade aos povos palestinos. Concentração em frente ao Congresso Nacional às 15 horas!

Povos em Movimento: conversa com Palestinos em condição de refúgio
Local: Café com Letras, SCLS 203 sul bloco C loja 19 – Asa Sul.
Data: 17 de dezembro, sábado.
Horário: a partir das 15h30.
Entrada franca.


Maiores Informações:
cafe.letras@gmail.com
(61) 3322-4070 / 3322-5070


Informações para a Imprensa:
Juliana Medeiros
(61) 8135-0046 / 9999-8843
julianams.webjornal@gmail.com